quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Lixão Central, ops é Jardim Central

" Fim de tarde de uma terça-feira e eu aqui na praça central, vejo pessoas caminhando, sentadas conversando, as flores vermelhas contrastando com o verde da grama e com o lixo espalhado pelos canteiros (papéis, copos, canudos, latas). Há um homem com um garotinho, provavelmente seu filho, eles admiram o fosso do coreto. Quando eu tinha a idade daquela criança eu olhava para as águas e via vários peixes de diversos tamanhos, pena que hoje o garoto vê somente bitucas de cigarro, palitos de picolé e copos descartáveis. 
 As estátuas que estão sobre as águas do fosso admiram a poluição que as cercam, uma delas está sem braço, com certeza alvo de vandalização. Ao ir sentar com uma amiga vemos uma pomba morta atrás do banco, nos aproximamos e descobrimos que ela não está morta mas está doente, suas penas da calda estão arrancadas. 
Olho ao meu redor as poucas lixeiras que existem espalhadas por ali estão sem saco, com seus lixos saindo por entre os vãos; bicicletas transitando ilegalmente pelo jardim; animais morrendo; pessoas cuspindo no fosso; bitucas de cigarro espalhadas pelo chão; saco de lixo jogados no canteiro. 
 Só consigo chegar a uma conclusão, ou o Jardim Central está virando um Lixão ou eu estou pirando!"

(Ricardo Cenzi)

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